sexta-feira, 30 de abril de 2010

DILMA

Ontem, a convite de alguns petistas amigos estive no almoço de recepção à candidata Dilma Roussef. Presentes a Suplicy, Mercandante, Palocci. Tive o privilégio de ser um dos poucos citados pelo Ministro Palocci, relembrando nossa luta contra a ditadura militar. Havia gente de todos os tipos e de todos os Partidos. A parte grande, claro, àquela que está com o Poder. Prefeitos, ex-prefeitos, Vereadores e os oportunistas de sempre. Não compactuo nem com PT, nem com PSDB. Ambos representam os mesmos segmentos conservadores e de direita que há muito vem dominando a cena política brasileira. Estamos entre a arrogância autoritária de Serra e o populismo assistencialista de Lula. Ambos comprometidos com banqueiros, empreiteiros e agro-negócio. O próprio PT está totalmente descaracterizado. Àquela antiga militância desapareceu. Hoje existe apenas a turma do "hollerith", sem vontade de transformar coisa alguma. Seguiu-se a mesma linha conservadora e de direita do Governo FHC. Isto é visto como sucesso pela Mídia, que hoje é patrocinada por todos os governos. Até o Ratinho já patrocionado pela Caixa Econômica Federal. Não existe oposição no País. Os pequenos partidos têm grande dificuldade de sobrevivência e são boicotados em todos os sentidos, e não bastasse isso, são vítimas de si próprios, com lutas internas totalmente incompreensíveis. É difícil ser diferente, participando e coonestando do atual sistema eleitoral, dominado pelo Poder econômico e a ignorância política até de pessoas honestas e bem intencionadas. Achei simplesmente deprimente ver uma candidata, com coragem, mas que não desfruta de boa saúde, sem qualquer emoção, enfrentar uma luta desta natureza, apenas porque o "Chefete de Plantão", considera importante, que não surjam novas lideranças e que pelo fato de ser a ex- Ministra apenas uma técnica , não terá vida política longa. Quem sabe, o futuro é imprevisível,principalmente na política brasileira, onde não existem Partidos com idéias e programas, onde os políticos, em sua maioria, são adesistas e fisiológicos e a cada eleição existe a predominância maior do Poder Econômico (leia-se banqueiros, usineiros, empreiteiros, etc), tudo isso, à custa do povo brasileiro, que está feliz com o mínimo que recebe, penhorados nos bancos pelaos financiamentos a longo prazo, pelos empréstimos consignados. Enfim, ainda dá para tomar uma cerveja barata no fim de semana, fazer um churrasquinho e ser feliz com a família. Os filhos, ora bolas, vão para a escola pública, o espaço mais democrático que temos, mas totalmente sucateada. Saúde, temos o SUS e os Postos Municipais, além tudo a perspectiva da casa própria, com financiamentos sem fim, que fazem a festa de banqueiros e empreiteiros. E aí vai o Brasil, como País de periferia, que alguns economistas julgam influenciar as grandes potências mundiais. Somente a História resgatará os milhões de miseráveis abaixo da linha da pobreza e quem sabe um dia, ainda que longínquo, a sociedade com conscientização, organização, dará um basta a tudo isso.

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