sexta-feira, 22 de abril de 2011

DECLARAÇÃO DO DIA PRIMEIRO DE MAIO












Declaração de Primeiro de Maio

Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI)







Qui, 21 de Abril de 2011





A luta operária, internacional e socialista é mais atual que nunca



O Primeiro de Maio nasceu, já faz mais de 120 anos, como uma homenagem aos chamados Mártires de Chicago, nos Estados Unidos, julgados e condenados à morte por liderar uma luta contra a exploração capitalista. Desde 1889, considerou-se que a melhor forma de expressar essa homenagem seria realizar todo ano, nesta data, um dia internacional de luta pelas reivindicações da classe operária. Naquela época, foi assumido como eixo central a luta para conquistar a jornada de 8 horas de trabalho.



Desde então, a burguesia tentou, primeiro, apagar a data da memória dos trabalhadores e, depois, como não obteve êxito, procurou tirar o seu conteúdo de luta e transformá-la em um inofensivo “dia de festa”. A partir da década de 1990, este objetivo acentuou-se com uma campanha ideológica que anunciava estrondosamente o triunfo do “capitalismo sobre o socialismo” e o fim da “luta de classes”.



No entanto, como poucas vezes nos últimos anos, neste Primeiro de Maio, uma realidade mundial de luta dos trabalhadores e dos povos, em diversas regiões, mostra-nos que a luta de classes está mais presente que nunca, assim como suas perspectivas revolucionárias internacionais.



A revolução árabe



No mundo árabe, assistimos hoje uma das ondas de ascensão revolucionária de massas mais importante de sua história moderna, que o converteu no epicentro da situação mundial. Iniciou-se na Tunísia e teve continuidade no Egito, e não há praticamente nenhum país dessa região que não seja afetado por alguma de suas manifestações. Essa onda já derrubou dois ditadores (Ben Ali na Tunísia e Hosni Mubarak no Egito) e ameaça todas as ditaduras e monarquias reacionárias da região, a maioria delas agente do imperialismo. Chegou inclusive à Síria, onde o regime “dinástico” dos Assad ainda conserva alguma “aparência” de autonomia ante o imperialismo.



Por razões históricas e estruturais, essa onda revolucionária tende, de modo natural, a superar as fronteiras nacionais e a se estender e se unificar em todo o mundo árabe.



Olhando superficialmente, a atual onda da revolução árabe pode parecer só uma “luta pela democracia”. É verdade que o primeiro objetivo das massas é derrubar os odiados ditadores e seus regimes e obter plenas liberdades democráticas. Mas o seu conteúdo profundo é muito mais amplo, porque inclui resolver as gravíssimas condições dos trabalhadores e do povo e a necessidade de acabar com o saque imperialista e as oligarquias burguesas nacionais que geram essas condições de vida. E, como um elemento central, a necessidade de arrancar do coração do mundo árabe o punhal fincado que representam Israel e a tragédia do povo palestino.



As burguesias árabes “nacionalistas laicas” já mostraram que são incapazes de conseguir algum desses objetivos e que, cedo ou tarde, acabam se transformando em agentes do imperialismo contra a luta dos trabalhadores e do povo. As organizações islâmicas começam a mostrar isso, como se vê, por exemplo, nas posições políticas que a Irmandade Muçulmana teve ao longo de todo o processo egípcio (primeiro negociação com Mubarak e, agora, apoio ao governo do exército).



Afirmamos que, no mundo árabe, desenvolve-se uma “revolução socialista inconsciente” que, na luta pela democracia e pela libertação nacional, deve avançar necessariamente até a luta pelo socialismo. É socialista pelos inimigos que enfrenta (o imperialismo, Israel e as burguesias nacionais); porque as tarefas que deve implementar só podem ser realmente resolvidas derrotando o imperialismo e o capitalismo; e, finalmente, porque os seus protagonistas são os trabalhadores e o povo, os únicos que podem levar essa luta até o final.



Nesse sentido, o processo iniciado em 25 de janeiro de 2011 teve como antecedentes várias greves e lutas dos operários têxteis da cidade de Mahallah, no delta do Nilo. Inclusive, uma das organizações juvenis mais ativa nas mobilizações que derrubaram Mubarak se chamava “6 de Abril” porque se formou para aderir a uma dessas jornadas de luta.



Finalmente, a gota d’água na luta contra Mubarak e que acelerou sua queda foi a onda de greves dos últimos dias antes de 12 de fevereiro de 2011: operários têxteis de Mahallah, trabalhadores do Canal de Suez, trabalhadores da saúde, da educação, dos bancos e do transporte do Cairo etc.



Então, a grande tarefa atual é que esse “conteúdo operário e socialista” penetre na consciência das massas egípcias e árabes, e que essa consciência se expresse na continuidade de sua mobilização (superando as armadilhas e as ilusões da democracia burguesa) e em avanços na sua organização independente de qualquer variante burguesa. Especialmente, na construção de partidos operários revolucionários capazes de liderar a revolução até o final.



A luta na Europa



Cruzando o Mediterrâneo, os trabalhadores e a juventude europeias continuam a luta, iniciada em 2010, contra os duríssimos planos de ajuste que os governos (sejam da direita clássica ou de partidos social-democratas) e as patronais aplicam para fazer recair sobre os seus ombros o custo da crise econômica internacional e dos imensos pacotes de ajuda que deram aos bancos e ao parasitário sistema financeiro.



Em 2011, já houve uma nova greve geral na Grécia. No mês passado, uma imensa mobilização em Portugal, impulsionada pela juventude trabalhadora e estudantil, a chamada “geração à rasca” (geração perdida), foi o ponto mais alto da resposta social, que obrigou o governo do primeiro-ministro Sócrates a renunciar. Mais recentemente, centenas de milhares de pessoas se manifestaram em Londres contra os cortes no orçamento aplicados pelo governo conservador-liberal.



Aqui também a luta tende a tomar rapidamente um caráter internacional. Acordos como a União Europeia e a “zona euro” (os 16 países que adotaram o euro como moeda) mostram claramente o seu caráter de organizações imperialistas contra os trabalhadores, como fica evidente nos ferozes ajustes que devem ser feitos por governos como os de Portugal ou da Grécia para receber uma “ajuda” que só tem como objetivo salvar os bancos e aumentar ao máximo a exploração dos trabalhadores, liquidando antigas conquistas trabalhistas e precarizando benefícios, como a saúde e a educação públicas.



Em todos os casos, esses governos contam com a cumplicidade das burocracias sindicais que, inclusive quando se veem obrigadas a impulsionar lutas, atuam para dividir e frear os processos. De qualquer maneira, sua ação sempre está destinada a salvar esses regimes políticos, a UE e a zona euro. Se não fosse pelo papel dessas burocracias, muitos desses governos já teriam caído ou estariam para cair.



Além disso, devido à ação das burocracias, os trabalhadores de cada país tiveram que sair à luta contra as mesmas medidas impostas pelo imperialismo, mas o fizeram separadamente, cada um por sua conta. Embora os inimigos fossem os mesmos e os planos de fome impostos a partir do mesmo padrão da União Europeia, a política das burocracias sindicais foi isolar uma luta das outras. Por isso, na Europa, é necessária a construção de uma alternativa classista perante os governos e que unifique a luta contra a burocracia em cada país e a luta da classe operária europeia em seu conjunto.



Em todo o mundo



No mesmo caminho de seus pares europeus, o governo de Obama, nos EUA, acaba de apresentar um orçamento que contém o “maior corte da história do país”. Ainda que a situação de luta esteja bem mais atrasada que na Europa, a recente mobilização no estado de Wisconsin e as do ano passado na Califórnia contra os cortes no orçamento estadual para a saúde e a educação públicas, que unificaram os trabalhadores destes setores com os estudantes e usuários, podem estar assinalando o fim da “tranquilidade”.



Nos primeiros anos do século XXI, vários países latino-americanos viveram processos revolucionários (Equador, Argentina, Venezuela, Bolívia). Auxiliados por uma situação econômica relativamente boa, os governos de frente popular ou populistas (como os de Chávez, Evo Morales, Correa e Lula) conseguiram controlar e barrar este processo. Mas essa “tranquilidade” também pode começar a ter problemas.



À superexploração soma-se agora a inflação, que deteriora o poder de compra dos salários. O governo de Evo teve que retroceder no “gasolinazo” (brutal aumento do preço dos combustíveis) diante da reação operária e popular. No “estável” Brasil da era Lula, agora com o governo de Dilma Rousseff, mais de cem mil trabalhadores da construção civil de obras públicas (um dos setores mais explorados da classe operária brasileira) fizeram uma duríssima greve contra as empresas construtoras (muito ligadas ao governo) com métodos muito radicais de incendiar os pavilhões dos canteiros de obras.



Todas essas lutas colocam a necessidade da unidade internacional dos trabalhadores. Uma unidade que esteve na origem do movimento operário e que foi a marca registrada dos primeiros esforços de organização dos trabalhadores. Lutas semelhantes explodem em diferentes partes do planeta e demonstram que é necessário retomar essa tradição que expressa o Primeiro de Maio e está presente hoje. A solidariedade internacional entre os trabalhadores é uma ferramenta para a própria luta, porque pode ser fundamental para derrotar a burguesia e arrancar conquistas. Por exemplo, na Europa, a unidade entre os trabalhadores do continente é uma necessidade para derrotar a União Europeia imperialista e os seus planos. E a vitória de uns ajuda o avanço dos trabalhadores de outros países em luta. Além disso, permite retomar e fazer avançar a consciência internacionalista da classe operária, que foi característica do surgimento do movimento operário.



A unidade nas lutas coloca outra questão profunda: no sistema capitalista, nenhuma conquista obtida com a luta é permanente. O sistema capitalista, em sua decadência e em busca do lucro, ataca para retirar e fazer retroceder as conquistas que concedeu em outros momentos. Assim aconteceu, por exemplo, com a jornada de 8 horas, a estabilidade de emprego, a idade de aposentadoria etc. Por isso, o capitalismo não pode ser mudado de forma gradual por meio de reformas. Essas reformas progressivas quase não existem hoje, mas se a burguesia as concede como consequência das lutas, amanhã mesmo vai atacar para eliminá-las. A conclusão é que é necessário mudar o sistema, superá-lo pela ação revolucionária, isto é, conquistar a emancipação dos trabalhadores.



“A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”



Em um dos seus textos mais importantes dirigidos à classe operária, o Manifesto Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels terminam com uma consigna que é, ao mesmo tempo, toda uma definição política: “A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”.



Com ela, queriam expressar que somente a classe operária seria capaz de levar até o final a luta contra o capitalismo e pela sua destruição, imprescindível para conduzir até o fim a luta pela emancipação da exploração e da opressão. E que, nessa luta, deveria ser autodeterminada, totalmente independente de qualquer variante política da burguesia, que sempre procuraria levar a classe operária a “reboque” de suas posições. O Primeiro de Maio como jornada de luta operária e socialista está profundamente imbuído desse caráter.



Nos últimos anos, essa proposta foi duramente questionada pela grande maioria da esquerda mundial, que abandonou a luta pela revolução socialista e pela emancipação da classe operária que, com diferentes sistemas teóricos e políticos, defendia em décadas anteriores. Um setor limita-se a postular a “humanização” do capitalismo e, para isso, a necessidade de se integrar plenamente nas instituições burguesas e nos seus governos. Outros afirmam que a saída é a proposta pelos setores burgueses populistas de esquerda, como Chávez na Venezuela, que saiu em defesa das sanguinárias ditaduras de Kadafi na Líbia e Assad na Síria.



A proposta da LIT-QI



De parte da LIT-QI, reivindicamos a fundo a consigna do Manifesto Comunista e afirmamos que ela está mais atual que nunca. Dizemos isso em um duplo sentido.



Em primeiro lugar, a classe operária está cada vez mais presente nas lutas, como mostram a resistência contra os ajustes na Europa e nos EUA, os processos revolucionários no mundo árabe, ou as greves contra a inflação e os “tarifazos” na América Latina. E, com sua luta, pode encabeçar uma aliança com os outros setores oprimidos e explorados, como os camponeses pobres, as massas urbanas não operárias e as nacionalidades oprimidas.



Em segundo lugar, é necessário retomar o internacionalismo operário. Em terceiro lugar, para acabar com a exploração, a fome, a miséria e o risco de destruição a que o capitalismo imperialista submete o mundo, é necessário uma revolução liderada pela classe operária, primeiro passo para a construção do socialismo. Não há como “humanizar” ou “reformar” o capitalismo.



A “mãe de todas as tarefas”



Os trabalhadores e as massas continuam mostrando um grande heroísmo em suas lutas. Basta ver, por exemplo, a combatividade que hoje vemos no mundo árabe. Mas o capitalismo imperialista e as burguesias nacionais associadas não vão se render “mansa e educadamente” perante essas lutas. Pelo contrário, como um leão que lambe suas feridas, respondem com ferocidade e recuperam o terreno perdido.



A revolução árabe e as lutas na Europa e no resto do mundo nos mostram a necessidade urgente da construção de uma direção revolucionária internacional, capaz de impulsionar e unificar essas lutas e levá-las até o seu triunfo definitivo (a derrota completa do imperialismo).



Esta é a “mãe de todas as tarefas”, que propomos a todos os lutadores operários e populares do mundo. Para nós, ela se concretiza na reconstrução da IV Internacional e suas seções, os partidos revolucionários nacionais. É nessa tarefa que a LIT-QI concentra todos os seus esforços.



Afirmamos, ao mesmo tempo, que a construção de uma direção revolucionária mundial não pode ser levada a cabo sem combater permanentemente todas as direções frentepopulistas, populistas, fundamentalistas, reformistas, “socialistas burocráticas”, que tentam desviar a luta dos trabalhadores e das massas para becos sem saída. E também sem combater os que, com qualquer argumento, capitulam a estas direções.



Baseados nesta experiência, temos um claro critério para nos posicionar em todas as lutas: estamos com os explorados e oprimidos contra os exploradores e os opressores. Por isso, estamos com os trabalhadores, a juventude e os povos árabes contra os seus ditadores e burguesias; estamos com o povo líbio contra Kadafi e contra a intervenção imperialista; estamos com a resistência afegã pela derrota dos invasores imperialistas; com o povo palestino contra Israel; com o povo haitiano para que expulse os “capacetes azuis” da ONU e os marines ianques; apoiamos os trabalhadores europeus contra os seus governos e patrões; os imigrantes em sua luta para conquistar plenos direitos políticos, trabalhistas e sindicais; as mulheres, os jovens e os que têm orientações sexuais diferentes, contra a opressão, a discriminação e a perseguição que sofrem no capitalismo.



Viva a revolução árabe!



Viva a luta da juventude e dos trabalhadores europeus!



Viva o internacionalismo operário! Viva a luta dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo!



Pela derrota do capitalismo imperialista!



Viva a Revolução Socialista Internacional!









Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI)









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Cristiano da Conlutas

(claro) 9272-4110 - (oi) 8836-2080

Oposição Com Lutas - Servidores Municipais



CSP CONLUTAS – Central Sindical e Popular



LIT/QI – Liga Internacionaldos Trabalhadores



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segunda-feira, 11 de abril de 2011

MINHA ALDEIA

MINHA ALDEIA


Cresci no vilarejo, com nome de Santo. Meu pai, Ayub Calixto, viúvo precocemente de Mariana e Joana.  Minha mãe também era Joana. Era  D. Nagib. Cresci como filho único, e caçula de todos, que foram  pais e heróis em meu mundo de criança. Os irmãos Zeca, João, Bile, Pedro, são os primeiros. Abrão e Maria Inêz, da segunda mulher, e finalmente cheguei, desfrutando imensamente de um universo despoluído construído pelo pai, “o velho João Ayub”, como era conhecido. Uma lenda em vida. Nada de conselhos ou palmadas.  Exemplos de honestidade , fraternidade e dignidade. Falava sem nada dizer. Rio, passarinhos, cavalos, vacas e bichos. Tinha o  orgulho de atravessar a cidade “tocando gado”, sobre o lombo de uma égua magra e um arreio cheio de remendos como costumava andar. O meu sonho era ter um belo “arreamento” ou “cutiano”, que nunca se realizou. Quando você cresce e pode obter alguns objetivos, já não existe o sabor da infância. As cercas remendadas e o gado tratado apenas com cinza e sal. Eram sadios e perfeitos. O rio é o Pinheirinho. Mangueiras e jaboticabeiras em todos os quintais. Uma fartura sem fim. Pertenciam a todos. A água encanada não havia chegado e às pessoas buscavam água na “mina”, ao lado do Rio. Havia uma pequena ponte com passagem para um veículo. Do outro lado da ponte, uma casa de alpendre de madeira, a oficina de madeira do Argeu, o pasto do Tuíca, além da venda do Zé Gordo. Isto durou infinitamente. A Doca, o Zé Júlio, o Beto, O João Tavares, Pedro Costa, Pedro Elias, criador de coelhos, faziam parte do povo do outro lado do Rio. À exceção da casa de alpendre de madeira, onde morou o tio Elias, a Bia e todos os Esper, tudo continua mais ou menos igual. O Antonio João, marido da D. Salma era proprietário de uma Leiteria. Com a égua velha do meu pai, levava o leite do dia, que meu pai, comerciante, agropecuarista e retireiro nas horas vagas, tirava de suas vacas na “Água Suja”, “Cateto” ou “Poção”. A cidade ainda não tinha calçamento e os animais eram atrelados nas argolas das calçadas. Ainda havia o Conselho, um terrenão onde se apreendia os animais. A casa antiga da Dona Salma, da Veva e do Jola continua intacta. Do outro lado do rio, morava o Pedro “Sinhana”, João Tavares, o Pedro Costa, a sapataria do Bérgamo, um sério e temido. Os Genari. Pedro Elias, que criava coelhos. O chalé de madeira da família Esper. Os Queijeiro. E o Calixtinho. A chácara do Tonicão habitada pelo Luisão. Do lado de cá da ponte, na rua principal, O Benedito Barba e a com seus filhos Luis e Jair , na casa de tábuas de larga. A Tianinha, professora de todos. Ônibus para Altinópolis, o caminhão de leite do Zico, irmão do Zé Odair. Um pouco mais adiante o moinho de fubá do Manoel Alecrim e da D. Maria e uma porção de filhos e netos. Ao lado da máquina de arroz do Pedro, a praça, com campinho de futebol improvisado, onde já adolescente jogava com os filhos do Moacir. Jogava no SAE, mais “bravo” do que o Felipe Mello. A barbearia do Marinho Barbeiro, sucedido pelo Laurentino e Zé Pierre. Na rua principal, o Correio, onde trabalhava o João do Yeyé e seu cunhado o Neguinho do Brasiel, a sorveteria do Manife, com sorvetes e picolés, com sabor de infância. A loja da Margarida.Aprendi com a Rita gostar de “bossa nova”. Foi quando conheci Elis Regina. A biblioteca pública municipal, também Ponto de ônibus. Em frente, a venda do meu tio Zé Abrão, com filhos Carlinhos e Carminha. A Biblioteca criada por Pedro Chocair nos anos 50 deveria ser exemplo para o Brasil de hoje. E lá na esquina, mais acima, o meu universo, que hoje busco e não encontro, a loja de João Meziara, a venda do João Aiub e a loja do Zeca, tio José Calixto, a Bile, D. Rosária e Dino.A comadre Abla, Pedro Marchetti, a barbearia do Flávio. Vinha a Praça da Bandeira, cercada por Luiz Cury, Benedito Naves, Antonio Evódio, João do Yeyé, Joaquim Mateus, Zé André e D. Lâmia, a Padaria do Maranhão. A sorveteria do Orestes de várias mãos. Na esquina , O tio José vendia pela frente e a tia Mariquinha doava aos seus pobres pelos fundos. Na esquinaum mundo que fervia. A única unanimidade era o Palmeiras, graças ao Zeca, que doava espelhinhos e gorrinhos a todas as crianças e tingiu de verde o Brasil. A casa do Pedro, prefeito eterno, permanente comitê eleitoral. Tudo funcionava todo dia, até ao domingos, mesmo fechados, as “vendas” atendiam pelos fundos. Não havia cara feia. Uma concorrência saudável. Bacalhau ainda era comida de pobre. Àqueles que vinham da roça, tomavam cerveja quente e sardinha com cebolas. Era um banquete. Bolinhas de vidro, espadas de bambu e figurinhas e doces. O Grupo Escolar “Conego Macário de Almeida”, com os inspetores Domingos Marchetti e D. Elídia, tinha gosto de aconhego. Professores como D. Maria Chocair, D. Tereza Marincek e outros que se sucederam fizeram parte da utopia das crianças, que sonhavam sem sonhar. Os cães policiais Buck e Jones, trazidos pelo Jorge Elias do Paraná que aumentaram a família do Antonio Elias, do Bagulé e de seu cavalo Mosquito, orelha murcha, que me deixou para sempre uma cicatriz. Na viagem do Paraná chegou o Roberto Atevaldo, uma beleza negra, que com dificuldades, construiu sua história e esforçado passou ser locutor oficial do serviço de auto-falante do Santo Antonio E.C. substituindo Milton Pereira Dias. Oferecia-se música da seguinte forma: “Esta música de Anísio Silva, é de alguém que oferece para alguém, como prova de muito amor”. A comunicação era assim. Festas e falecimentos eram noticiados com a mesma ênfase. Robertão até hoje faz um pouco de tudo: pintor, massagista, corredor da São Silvestre, treinador e goleiro titular do Santo Antonio Esporte Clube e presente nos momentos de dor de qualquer alegriense. A nossa turma admirava mais os velhos: Zé Ibrahim, com seu Karmanghia, Luis Geraldo, Cuca, o Ivo da Maria Abrão, apelidado de Panka, os boys de antigamente. Os circos chegavam, com Luisinho, Rubinho e Bagulé não perdíamos os espetáculos que eram diários e repetidos, sempre comendo os pés de moleque da Lâmia, que seriam para “vender”. Ficamos conhecendo a músicas caipiras autênticas: Vieira e Vieirinha, Sulino e Marrueiro, Caçula e Marinheiro, Silveira e Barrinha, Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco e todas duplas “afamadas”, sem contar a mulher famosa (Olga Zumbano) que lutou com Marcão no tablado de um circo . Sabíamos de cor os trechos dos dramas circenses repetidos em todas as sessões e sempre entravamos de graça, pela porta ou debaixo das lonas. A molecada nadava desnuda no Rio. Os lugares são os mesmos: “prainha”, “hangá”, “Bebedouro”. Festa permanente de meninos. Os moleques do meu tempo: Juarez, Toninho Arantes, os filhos do seu Micas, o Rubinho, o Luisinho, o Bagulé, o Luis Barba, o Bagulé, Zé Gentil, Besouro, Guido, Bagudela, O Zé e Toninho Chocair, João Margarido, Tadeuzão, João Eurico, o ajuizado Nesinho do Cartório, Zé Marchetti, Brás do Zé Quita, e mais um punhado de amigos. O cinema do Pete, irmão do lateral Pinka, a grande diversão. A nossa mior viagem foi a vizinha Itamogi, para assistir “Marcelino Pão e Vinho”, de ônibus fretado. Acredito que “a vida começa todas os dias”. Não há, entretanto, como esquecer uma história simples: meninos de pés no chão, desconhecendo que tudo que nos rodeava tinha o nome de felicidade. Um tempo que demorou a passar. Foi eterno, incorporado às nossas almas de crianças, vivendo de pequenas “artes” . “Arteiro,” era o moleque que fazia arte. Jamais imaginava o que tudo que era vivido tinha o gosto de uma palavra encantada e tão buscada. Era a travessia para viver inconformado em um País tão injusto e desigual. É impossível rasgar e retirar do coração e memória um tempo de folia, gibis, mato, campo de futebol, o rio, pássaros, mocinhos, cavalos, bolas, esconderijos, quermesses, procissões, parques, circos e festas de Santos, Congadas e Reis. É a minha Aldeia.

Antonio Calixto. Orador da primeira turma antigo ginasial da atual EE. “Cônego Macário de Almeida”. Foi deputado estadual constituinte, vereador e Vice-Prefeito de Ribeirão Preto. (antoniocalixto@aasp.org.br) É advogado e professor.







segunda-feira, 4 de abril de 2011

REGASTE DA POLÍTICA - CHICO ALENCAR (PSOL)

O deputado Chico Alencar esteve em Ribeirão Preto no dia 18 de julho de 2.009, onde concedeu entrevistas e apresentou no salão nobre da Câmara Municipal, o filme "Resgate da Política".
Acompanhou o parlamentar o ex-deputado Antonio Calixto (PSOL), que concedeu entrevistas aos principais órgãos de comunicação.
O início foi nos programas de rádio e TV de Antonio Cassoni, professor de literatura e apresentador de vários programas na Rádio 79 e TV Thati.
Posteriormente deu entrevista exclusiva a Antonio Carlos Morandini, renomado jornalista local, em seu programa de TV denominado "Larga Brasa". 
Deu entrevista a TV Clube, com prsença do Editor do jornal Roberto Ribeiro, uma presença raríssima fora dos estúdios, além de jornalista respeitado nos meios sociais e políticos locais.
A partir das 16 horas exibiu na Câmara Municipal, o filme "O Resgate da Política", sem antes tomar um café na cidade de Altinópolis, na residência de Antonio Calixto, que é Coordenador Regional do PSOL.











domingo, 3 de abril de 2011

FILIE-SE AO PSOL

Venha lutar conosco



Para se filiar ao Psol em Ribeirão Preto e Região, basta entrar em contato através do Email antoniocalixto@aasp.org.br ou do Telefone: (16) 9607 – 0909 ou 36258374. A Sede Regional do Partido fica localizada no seguinte endereço: Rua Prudente de Morais, 554 – Apartamento 14. Você precisará apenas preencher uma Ficha de Filiação.

Em nossa região, o Psol já está presente nas cidades de Batatais, Barrinha, Pontal, Altinópolis, Santo Antonio da Alegria, Cajuru,  Sertãozinho, Ribeirão Preto
Caso você seja de outra região que não a de Ribeirão Preto, entre em contato com o Diretório Estadual do Partido. A Sede Estadual do Partido fica localizada na Rua Dr. José Queiroz Aranha, 342 – Vila Mariana – Próximo ao metrô Ana Rosa - CEP 04106-061 / E-mail: contato@psolsp.org.br - Telefone/Fax: (11) 5082-4005, 3384-1448, 5575-1318 e 5083-4397
Poderá também, caso seja necessário, entrar em contato com o Diretório Nacional. Faça isso através do Email: contato@psol50.org.br.
Caso você prefira, poderá baixar a Ficha de Filiação abaixo, preenchê-la e enviar pelo Correio ou levar pessoalmente na Sede Regional do Partido em Ribeirão Preto. Será um prazer recebê-lo no Psol! Venha lutar conosco!
Partido Socialismo e Liberdade.
Coordenação Regional de Ribeirão Preto.


BANCADAS FAZEM A DIFERENÇA

Apesar de contar com pequenas bancadas, o PSOL tem tido o reconhecimento da sociedade como um partido diferente, independente, que não pactua com os conluios do poder pelo poder que se tornaram a marca registrada do legislativo brasileiro. Na última eleição, ampliamos nossa representação parlamentar com a eleição de dois senadores: Marinor Brito (PA) e Randolfe Rodrigues (AP), três deputados federais: Ivan Valente (SP), Chico Alencar e Jean Wyllis (RJ) e quatro deputados estaduais: Marcelo Freixo e Janira Rocha (RJ), Carlos Giannazi (SP) e Edmilson Rodrigues (PA).

No Prêmio do site Congresso em Foco de 2010, concedido após votação de mais de 300 jornalistas, todos deputados federais do PSOL foram escolhidos entre os mais influentes e atuantes.

Temos incomodado muito os poderosos, pautando temas fundamentais que tanto o governismo como a oposição de direita nem querem ouvir falar, tais como:

  • Luta para barrar as mudanças no Novo Código Florestal que colocam ainda mais em risco a preservação do meio ambiente.
  • Elaboração de um Plano Nacional de Educação (PNE) que garanta o ensino público de qualidade para todos em todos os níveis; luta para garantir a aplicação de 10% do PIB para a educação.
  • Votação imediata da PEC que reduz a jornada de trabalho para 40 semanais.
  • Derrubada do veto do Lula ao fim do fator previdenciário.
  • Votação da PEC que acaba com o voto secreto nas votações parlamentares.
  • Aprovação do PLC 122 contra a homofobia.
  • Regulamentação da Emenda 29, por mais verbas para saúde.
  • Defesa de uma Reforma Política pra valer, com financiamento público exclusivo de campanhas, uso de plebiscito e referendos para decisão da população sobre temas fundamentais, possibilidade de revogação popular dos mandatos, garantia da proporcionalidade nas eleições parlamentares, dentre outras questões.

NAS RUAS E NAS LUTAS


PSOL é presença constante nas principais lutas do povo brasileiro.

Defende cotidianamente a autonomia e igualdade para as mulheres, contra o machismo e o capitalismo. E por isso, o partido é parte ativa da construção dos atos do 8 de março, dia internacional da luta das mulheres.

Está na luta diária do movimento negro e de combate ao racismo, na construção do 13 de maio de luta e na mobilização do 20 de novembro- dia nacional da consciência negra.

É parte importante da construção de um 1º de maio de luta, com as entidades combativas do movimento sindical e popular, em especial dos atos na Praça da Sé, símbolo da resistência dos setores que não se deixaram cooptar nem aderiram aos atos patrocinados pelos patrões e pelo governo. E está na luta pela reorganização dos trabalhadores, pela construção de uma nova central de lutas, combativa, independente e democrática.

No combate à homofobia, o PSOL também se faz presente, repudiando a violência e a impunidade, contra o preconceito e em defesa da igualdade de direitos.

O PSOL tem autoridade no debate sobre meio ambiente, na defesa dos biomas e da biodiversidade brasileira com reversão da degradação ambiental, contra as mudanças no Código Florestal e os interesses exclusivistas do agronegócio. Nosso partido afirma uma proposta ecossocialista como única forma de evitar a destruição do planeta.

O PSOL está nas lutas da juventude. Na defesa de mais verbas para educação, do livre acesso do povo à universidade, do acesso à cultura e da liberdade de expressão.

E o partido reafirma sua luta contra qualquer tipo de opressão na solidariedade internacional, no apoio às lutas dos trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo, em defesa da democracia e da participação política, pela construção do socialismo.

ENTENDA A FILIAÇÃO

A filiação ao PSOL é importante porque faz com que você tenha o direito de decidir sobre os rumos do partido. No momento em que você está filiado você pode participar das reuniões, plenárias e convenções, ordinárias ou não, nas instâncias partidárias.

Como o PSOL está organizado? O PSOL é um partido que se constrói pela base. A participação do filiado se dá nos núcleos do partido, que tanto pode ser no bairro, categoria profissional ou movimento social do qual faça parte. A participação nos núcleos é fundamental, pois eles são um espaço de discussão que contribuem para a construção de ações e políticas do partido.

De tempos em tempos são organizadas plenárias de núcleos com objetivo de aprofundar os debates e democratizar as decisões. Também são instâncias as Plenárias Regionais, os Encontros Estaduais e o Congresso Nacional do PSOL, que acontece de dois em dois anos.

O que é a militância? Mais do que participar da vida do partido, o filiado é, antes de tudo, um militante social que contribui para a construção das lutas e apresenta as posições do partido em seus espaços de atuação. A militância é um ato que exige consciência e generosidade para destinar parte de seu tempo na organização da classe trabalhadora.

Conheça o programa do PSOL - É importante que os filiados conheçam o Programa do PSOL aprovado no encontro de fundação. Dessa forma, você ingressa nas trincheiras de nosso partido consciente do discurso que norteia a nossa prática. O programa pode ser lido na íntegra em nosso site nacional no link: http://psol50.org.br/partido/programa/

Como o partido sustenta suas ações? O PSOL não recebe recursos de empresas ou grupos econômicos. Nosso partido não tem rabo preso com ninguém. Por isso, todo militante deve contribuir com a manutenção do partido. Essa contribuição pode ser feita diretamente no núcleo ou no diretório do qual pertença, conforme a disponibilidade pessoal do filiado/militante.

O que são as tendências? O princípio que norteia a organização do PSOL é o da democracia interna, do direito ao mais amplo debate e da busca constante pela unidade partidária. A garantia da pluralidade está assegurada no direito de se constituir tendências internas de atuação dentro do partido.

As tendências são um direito de cada militante, contudo não são uma obrigação, muitos optam por atuar de forma independente dentro do partido não pertencendo a nenhuma das tendências organizadas.

As instâncias partidárias asseguram que todos os militantes, participantes de tendências ou não, tenham os mesmos direitos e condições de participação dentro do PSOL.

UM PARTIDO NECESSÁRIO


Partido Socialismo e Liberdade é um partido novo, mas já deixa marcas nos temas fundamentais para o Brasil.

O PSOL não se calou diante da corrupção que tomou conta do país, como o escândalo dos Atos Secretos no Senado ou as denúncias do mensalão. O partido atuou na erradicação do trabalho escravo.

Propôs CPIs como a da Dívida Pública, que suga mais de 36% do orçamento do governo federal, e do poder Judiciário em São Paulo. Lutou pela educação pública e combateu o uso de agrotóxicos.

Defendeu no Congresso e nas ruas a lei da Ficha Limpa, que proíbe pessoas com condenações por corrupção de concorrerem nas eleições. Apresentou um projeto de lei para taxar as grandes fortunas para que os ricos paguem mais impostos que os pobres. E lutou, sem vacilar, contra a reforma do Código Florestal, feita sob encomenda para atender aos interesses do agronegócio.

Com sua coerência e defesa dos direitos da população mais pobre o PSOL já incomoda muita gente poderosa.

Seja nas ruas ou no Congresso Nacional, o PSOL já mostrou que faz diferença ao debater e defender as idéias de esquerda. Por isso, o PSOL é um partido imprescindível para a luta dos trabalhadores, para o avanço do pensamento crítico, para manter viva e atual a luta pelo socialismo.

HISTÓRIA DO PSOL

PSOL NASCIDO DAS LUTAS

O PSOL é um partido que nasceu da coerência em manter vivas as bandeiras de luta dos trabalhadores, da rebeldia daqueles que não se calaram e da ousadia dos que não se renderam ao discurso de acomodação propagandeado por setores que eram referência de esquerda.

Os primeiros anos do governo Lula geraram muitas expectativas para todos aqueles que durante anos construíram uma alternativa de esquerda e democrática para o país com a perspectiva de mudanças reais. Mas o que se via era o ataque direto às conquistas históricas dos trabalhadores, através da Reforma da Previdência do setor público que retirava direitos e promovia mais vantagens para o setor privado. Na política econômica, a marca era a da continuidade do modelo vigente nos oito anos de governo FHC, concentrador de renda, com privilégios ao capital financeiro. No campo político, eram firmadas alianças com os setores mais fisiológicos, com a banda podre da política nacional. E o resultado rapidamente se revelaria em escândalos como o do mensalão.

Como resposta a tudo isso, surgiu o PSOL. Mas principalmente, como resposta à necessidade de se manter viva a luta pelo socialismo e a resistência dos trabalhadores. O PSOL é um partido necessário, que vem para ocupar o espaço abandonado por um setor da esquerda que rapidamente se rendeu aos encantos do poder. O PSOL nasce disposto a nadar contra corrente, a fugir do senso comum, sem medo de enfrentar a dura batalha da construção de uma alternativa de esquerda, de base, com capilaridade
e organização junto aos trabalhadores e ao povo explorado.

Convidamos você a trilhar conosco este caminho, a vir junto com o PSOL na luta pelo socialismo.

Em junho de 2003, houve um grande embate contra a Reforma da Previdência. Isso se tornou um símbolo da luta contra as políticas adotadas pelo PT que representavam uma traição aos seus princípios. Na ocasião, a senadora Heloísa Helena (AL) e os deputados federais Luciana Genro (RS), Babá (PA) e João Fontes (SE) votaram contra essa reforma proposta pelo governo. Outro grupo de parlamentares, entre eles Maninha (DF), Ivan Valente (SP), Chico Alencar (RJ), João Alfredo (CE), se abstiveram na votação, se contrapondo à aprovação da proposta e também foram punidos pelo PT.

A decisão de manter a postura em defesa da população brasileira resultou na expulsão de Heloísa, Luciana, Babá e Fontes. Sem partido, os parlamentares, aliados a militantes e intelectuais socialistas inconformados, realizaram, em 19 de janeiro de 2004, uma primeira reunião e aprovaram por unanimidade a constituição de um movimento por um novo partido: o documento Por Uma Esquerda Socialista e Democrática.

Entre os dias 4 e 6 de junho de 2004, foi realizado o 1º Encontro Nacional, quando se definiu o nome Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Com quase 700 mil assinaturas, o PSOL obteve o registro definitivo na Justiça Eleitoral, em 15 de setembro de 2005, adotando o número 50 como representação.

A crescente mudança nos fundamentos do PT e os escândalos de corrupção fizeram com que o PSOL recebesse novas adesões. Filiaramse nomes como João Alfredo, Ivan Valente, Chico Alencar e Maninha, além de deputados estaduais, vereadores, lideranças sindicais e populares, como Plínio de Arruda Sampaio e Edmilson Rodrigues.

VELHOS AMIGOS E AS NOVAS TECNOLOGIAS. ENVELHECI.

Embora não seja tão adaptado e tenha dificuldades com novas tecnologias. Como advogado fui obrigado aprender o programa Word ou coisa parecida. Tanta bronca que ficava quanto precisava redigir uma petição e pedia para um “expert” em computador. De tanto ficar nervoso com os erros de concordância. Eu também os tenho, mas principalmente com erros primários que seriam lidos pelo juiz, promotor, parte contrária e eventualmente a petição estaria nos Tribunais. Resolvi aprender pelo menos o programa essencial que deu lugar a antiga datilografia. Ficou tudo mais fácil. A minha dificuldade já começou com máquina elétrica. Como sempre trabalhei em lugares com vários assessores, não me precupava. Quando me vi só, senti a necessidade de aprender, até por sobrevivência. Embora saiba perfeitamente as redes sociais, tipo facebook, estão a serviço do capitalismo mais exacerbado e selvagem que existe da chamada globalização. E como vivo nesta selva resolvi aprender um pouco. Hoje, ao procurar velhos colegas de escolas, no facebook, não descobri ninguém. Descobri que envelheci. E não me dei conta. Hoje a minha conexão principal é com os meninos da idade de meu filho. Alguns ex-alunos que me dedicam belíssimas palavras por essa arma poderosa chamada facebook, que em “Rede Social”, ganhou Oscar. Os meus amigos, alguns partiram para uma estrela qualquer ou não se adequaram às novas tecnologias. Não é para menos, que alunos não tolerem aulas e nem professores, ensinando “decoreba” ou “domesticando”, como nos renomados cursinhos. E a OAB faz o favor de rebaixar o nível das universidades, com o "politicamente correto" “exame de ordem”, que é inconstitucional e ilegal (Deveria a OAB preoucupar-se com a proliferação de escolas de Direito, uma abre a cada esquina, como botecos), mas por ser aparentemente moralizador ganha o apoio da sociedade. Serve sim, para enriquecer os donos de “cursinhos”, os mercantilistas da educação. A escola pública gasta milhões com financiadores de campanha adquirindo livros didáticos imprestáveis. Não incentivamos a crítica, o debate, a livre circulação de idéias, a pesquisa. A aula a hoje é como nos tempos de nossos pais e avós, com quadro negro resuminho e tudo. Os velhos professores adotam ainda o método do terror.A reprovação é a forma de se imporem. Não impõem nada, inclusive respeito. Acham que um aluno plugado em novas tecnologias e na cultura da imagem toleram uma aula discursiva sobre Segunda Guerra Mundial, quando se sabe que aprende-se MUITO MAIS em um Laboratório confortável e decente assistindo a “Lista de Schindler”, ou coisa parecida. Estou falando isso, para dizer que envelheci, porque não encontro os meus velhos amigos. Não há tempo para construir novas amizades. Como diz Saramago: “o meu futuro é curto”. Enquanto isso vou absorvendo o que os jovens espontânea e alegremente, que certamente romperão as barreiras do individualismo, do consumismo, do neoliberalismo e do capitalismo selvagem, que tomam conta do mundo.

Antonio Calixto
Rib. Preto, 03.04.11
13.45 horas

sábado, 2 de abril de 2011

ELEIÇÃO MUNICIPAL 2012 - FILIE-SE AO PSOL

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

A próxima eleição municipal terá na disputa a presença do PSOL, o partido que mais cresce proporcionalmente em Ribeirão Preto. Cresce em qualidade e não apenas em quantidade. O PSOL, todos sabem nasceu de uma dissidência com o P.T. e culminou com a eleição para Presidente de Heloisa Helena, que praticamente renunciou a uma reeleição certa para o Senado para transformar-se na candidata anticorrupção que alavancou o PSOL em todo País. Infelizmente a nossa democracia representativa, ainda tem enormes defeitos a serem corrigidos. Um deles, criado pela própria sociedade. A presença cacique. E no Brasil, em cada Estado todos tem os seus. A diferença , hoje é que o PSOL é um Partido aberto, democrático, surgindo das bases, não necessitando de recorrer ao velho populismo, assistencialismo ou paternalismo para externar a sociedade o seu pensamento. Os seus membros, os filiados e militantes de todo País estão comprometidos com a ética na Política, e conta todo tipo de opressão ou corrupção, onde quer que ela ocorra. “Política não se faz com anjos”, ensinava Luciano Lepera. Felizmente o PSOL é procurado por militantes que mais do que um Partido estão buscando um caminho para mais justiça social e luta contra todas as formas de opressão e preconceito, inclusive àquelas abraçadas pelo Brasil, que encampou a tese do neoliberalismo e globalização. Desde FHC a Lula. A mesma política econômica. A mesma subserviência. PSOL é diferente. Não é sigla de aluguel. Seus representantes servem a sociedade e não se servem dela. E Ribeirão Preto, apesar de ser importante, uma verdadeira capital, padece hoje, de vícios enormes, não sendo representado à altura de seu enorme potencial. A Prefeita, que foi eleita, com expectativa geral de um bom governo hoje é refém de suas alianças à direita, centro e à esquerda. Se é que se pode chamar de “esquerda” os partidos situacionistas que a apóiam na C. Municipal. A cidade é um barco à deriva, sem horizonte, mergulhado no caos da saúde pública e se vangloriando até algumas vezes de pedir ajuda aos Governos estadual e federal. Ribeirão tem potencial para exigir e não “mendigar” de pires nas mãos, verbas estadual ou federal. Uma farsa, porque são verbas que não chegam. Para distrair os incautos, que somos nós, que tal uma corrida de Stoch Car, e porque não um carnaval, e uma pequena ajuda de R$ 600.000,00 a Feira do Livro que é super importante, mas deveria se locomover com as próprias pernas. E para divertir um pouco um come-fogo bancado pelos cofres públicos não seria má ideia. Que déficit público que nada. O importante é mostrar e gastar com publicidade. Todos os governos com altos índices de aprovação fazem isto ? Corre-se o risco da Feira, que é maravilhosa, mas que deveria ser pelo menos em parte bancada pela iniciativa privada, virar uma grande quermesse com “cantoria” e tudo. E investir no Carnaval, também não é ótimo. Que tal sermos uma das subsedes de copa do mundo. Um festival de ignorância e bobagens. O déficit correndo solto, o empreguismo e fisiologismo tomando conta do governo, entregues aos Partidos de “aluguel”, já antes das eleições. Gente que se vende por “prato de lentilhas” e outros por muitas lentilhas. Os mesmos grupos econômicos que se abastecem do Poder e abastecem todas as milionárias campanhas eleitorais, tão a gosto das empreiteiras, agronegócio e banqueiros, que fazem da nossa terra, a terra prometida. Espigões erguidos todos os dias, o trânsito caótico, a cidade sem um projeto de governo e pessoas pedindo clemência para serem atendidas pela saúde pública. O PSOL combate a política conservadora vigente, atualizando seus quadros com militantes que optaram pelo decoro, a dignidade e a ética. Sairemos com chapa completa, sem alianças com partidos governistas. Então, você que se indigna escrevendo paras redações, inscreva-se no PSOL. Um instrumento importante de avanço e conscientização política. E as eleições não existem apenas para obtermos o Poder. É momento de esclarecimento, de debate, de discussão, de denúncia. O PSOL disputará as eleições de 2012, com chapa completa, com candidatos a Vereador, Vice-Prefeito e concorrerá com candidato próprio a Prefeitura. Faça como dezenas de trabalhadores, professores e todos os setores da sociedade. Venha construir o PSOL, filie-se, seja nosso candidato. Aqui você tem voz. É um partido sem donos ou caciques.

Abraços,

Antonio Calixto
Rib. Preto, 03.04.11 (domingo)
12.15 horas (noite)

O CASO LÍBIA E DIÁLOGO COM J. CARTER

Havana. 1 de Abril, de 2011


O melhor e mais inteligente


ONTEM, por razões de espaço e tempo, não disse uma só palavra do discurso proferido por Barack Obama, na segunda-feira 28, a respeito da guerra na Líbia. Eu dispunha de uma cópia da versão oficial, fornecida à imprensa pelo governo dos Estados Unidos. Havia sublinhado algumas das coisas que ele afirmou. Voltei a revê-lo e cheguei à conclusão de que não valia a pena gastar demasiado papel no assunto.

Lembrava o que me contou Carter quando nos visitou em 2002 sobre o cultivo de florestas nos Estados Unidos, visto que ele possui uma plantação familiar no estado de Atlanta. Nesta visita, perguntei- lhe de novo sobre aquela cultura e disse-me novamente que planta os pinheiros a uma distância de 3 por 2 metros, que equivalem a 1.700 árvores por hectare, e a colheita se realiza 25 anos depois.

Há muitos anos li que o The New York Times, numa edição dominical, consumia o papel extraído do corte de 40 hectares de floresta. Portanto, explica-se minha preocupação pela poupança de papel.

Com certeza, Obama é um excelente articulador de palavras e frases. Poderia ganhar a vida escrevendo anedotas para crianças. Conheço seu estilo porque o primeiro que li e sublinhei, muito antes de que assumisse a presidência, foi um livro intitulado os "Sonhos do Meu Pai". Fi-lo com respeito e, pelo menos, consegui apreciar que seu autor sabia escolher a palavra precisa e a frase adequada para ganhar a simpatia dos leitores.

Confesso que não gostei de sua tática de suspense, ocultando suas próprias ideias políticas até o final. Fiz um esforço especial por não esquadrinhar no último capítulo o que opinava sobre diversos problemas, do meu ponto de vista, fulcrais neste momento da história humana. Tinha certeza de que a profunda crise econômica, a colossal despesa militar, e o sangue jovem derramado por seu predecessor republicano, o ajudariam a derrotar seu adversário eleitoral, apesar dos enormes preconceitos raciais da sociedade norte-americana. Estava ciente dos riscos que corria de que o eliminassem fisicamente.

Por óbvias razões de politiquice tradicional procurou, antes das eleições, o apoio dos votos dos cubanos anti-Castro de Miami, na sua maioria, dirigidos por pessoal de origem batistiana e reacionária, que tornaram os Estados Unidos numa república de bananeiras, onde a fraude eleitoral determinou nada menos que a vitória de W. Bush em 2000, lançando à lixeira a um futuro Prêmio Nobel: Al Gore, vice-presidente de Clinton e candidato à presidência.

Um elementar sentido de justiça teria levado o presidente Obama a retificar as consequências do infame julgamento que conduziu ao desumano, cruel, e especialmente injusto encarceramento dos Cinco patriotas cubanos.

Sua mensagem à União, seus discursos no Brasil, Chile e El Salvador, e a guerra da Otan na Líbia, obrigaram-me a sublinhar, mais do que sua própria autobiografia, o referido discurso.

Que é o pior desse pronunciamento e como explicar as aproximadamente 2.500 palavras contidas na versão oficial?

Do ponto de vista interno, sua falta total de realismo colocou seu feliz autor nas mãos dos seus piores adversários, que desejavam humilhá-lo e vingar-se da sua vitória eleitoral em novembro de 2008. Não lhes bastou mesmo o castigo a que foi submetido no final de 2010.

Do ponto de vista externo, o mundo tomou mais consciência do que significam para muitos povos o Conselho de Segurança, a Otan e o imperialismo ianque.

Para ser tão breve quanto prometi, explico-lhes que Obama começou seu discurso afirmando que desempenhava seu papel "detendo a força do Talibã no Afeganistão e perseguindo Al-Qaeda por todo o planeta".

De imediato acrescenta: "Durante gerações, os Estados Unidos da América tiveram um papel singular como alicerce da segurança mundial e como defensor da liberdade humana".

Isto é algo do qual, como os leitores sabem, os cubanos, os latino-americanos, os vietnamitas e outros, podemos demonstrar sua veracidade.

Após essa solene declaração de fé, Obama investiu boa parte do tempo em falar do Kadafi, seus horrores e as razões pelas quais os Estados Unidos e seus aliados mais próximos: "― Reino Unido, França, Canadá, Dinamarca, Noruega, Itália, Espanha, Grécia e Turquia ― países lutaram junto a nós durante decênios. […] decidiram cumprir sua responsabilidade de defender o povo líbio."

Mais adiante acrescenta: "…a Otan tomou o comando para impor o embargo de armas e a zona de exclusão aérea."

Confirma os objetivos da decisão: "Como resultado da transferência para uma coligação mais ampla, centrada na Otan, o risco e o custo desta operação — para nosso exército e para o contribuinte estadunidense —vai se reduzir significativamente.

"Por conseguinte, para aqueles que duvidaram de nossa capacidade para levar a cabo esta operação, gostaria esclarecer algo: os Estados Unidos fizeram aquilo que eu disse que faríamos."

Volta às suas obsessões sobre Kadafi e às contradições que agitam sua mente: "Kadafi não abandonou o poder e, enquanto o não fizer, a Líbia continuará sendo um perigo."

"É verdade que os Estados Unidos não podem empregar nosso exército onde queira que houver repressão e, levando em conta os riscos e custos de uma intervenção, sempre devemos fazer um balanço entre nossos interesses e a necessidade de agir."

"A tarefa que encomendei às nossas tropas (de) — proteger o povo líbio […] conta com o apoio internacional e está respaldada por um mandato das Nações Unidas."

As obsessões se reiteram uma e outra vez: "Se tentássemos derrubar Kadafi pela força, nossa coligação se desfaria. Teríamos […] de enviar tropas estadunidenses ao terreno para cumprir essa missão ou arriscarmo-nos à possibilidade de matar muitos civis com os ataques aéreos."

"…temos esperanças no futuro do Iraque, mas a mudança de regime ali levou oito anos e custou milhares de vidas estadunidenses e iraquianas e quase US$ 3 trilhões."

Dias depois de a Otan iniciar os bombardeamentos, começou a divulgar-se a notícia de que um caça-bombardeiro norte-americano tinha sido derribado. Soube-se depois, por alguma fonte, que era verdade. Alguns camponeses ao verem descer um paraquedas, fizeram o que por tradição fazem na América Latina: foram ver; e se alguém precisava, auxiliavam-no. Ninguém podia saber como eles pensavam. Com certeza eram muçulmanos, estavam fazendo com que a terra produzisse e não podiam ser partidários dos bombardeamentos. Um helicóptero, que apareceu repentinamente para resgatar o piloto, disparou contra os camponeses, feriu seriamente um deles, e foi um milagre que não matasse todos eles. Como todo mundo sabe, os árabes, por tradição, são hospitaleiros com seus inimigos, alojam-nos em suas próprias casas, e se colocam de costas para não ver o caminho que eles seguem. Inclusive, um covarde ou um traidor não significaria nunca o espírito de uma classe social.

Só podia passar pela cabeça de Obama uma peregrina teoria, que incluiu em seu discurso, como pode apreciar-se no trecho seguinte:

"No entanto, nalgumas ocasiões, nossa segurança não estará diretamente ameaçada, mas sim nossos interesses e valores. […] sabemos que pedirão ajuda com frequência aos Estados Unidos, como a nação mais poderosa do mundo."

"Nessas ocasiões, não devemos ter medo de agir, mas o peso das ações não deve recair apenas sobre os Estados Unidos. Como fizemos na Líbia, nossa tarefa é, então, mobilizar a comunidade internacional para empreender uma ação coletiva."

"Este é o tipo de liderança que demonstramos na Líbia. Inclusive, quando ajamos como parte de uma coligação, os riscos de qualquer ação militar serão certamente elevados. Esses riscos foram constatados quando um dos nossos aviões sofreu uma avaria enquanto sobrevoava a Líbia. Até quando um dos nossos aviadores se lançou de paraquedas, em um país cujo líder satanizou com tanta frequência os Estados Unidos, numa região que tem uma história tão difícil com nosso país, este estadunidense não encontrou inimigos. Em vez disso, foi recebido por pessoas que o abraçaram. Um jovem líbio que veio ajudá-lo expressou: ‘Somos teus amigos. Estamos muitos gratos a esses homens que estão protegendo os céus’."

"Esta voz é apenas uma entre muitas numa região, onde a nova geração se opõe a que se continuem negando seus direitos e oportunidades."

"Mesmo assim, esta mudança provocará que o mundo seja mais complicado durante um tempo. O progresso será desigual e a mudança chegará de um modo bem deferente a diversos países. Existem lugares, como o Egipto, onde esta mudança nos inspirará e infundirá nossas esperanças."

Todo mundo sabe que Mubarak foi aliado dos Estados Unidos e, quando Obama visitou a Universidade do Cairo, em junho de 2009, não podia ignorar as dezenas de bilhões de dólares subtraídos por aquele no Egipto.

Continuou com o emotivo relato:

"…acolhemos com beneplácito o fato de que a história esteja se desenvolvendo no Oriente Médio e no Norte da África, e que os jovens estejam à vanguarda. Porque em qualquer lugar onde as pessoas almejem ser livres, encontrarão um amigo nos Estados Unidos. Afinal de contas, é essa fé, são esses ideais, os que constituem o verdadeiro indicador da liderança estadunidense."

"…nossa fortaleza no exterior se sustenta em nossa fortaleza nacional. Esta sempre deve ser nossa Estrela Polar, a capacidade do nosso povo de alcançar seu potencial, adotar decisões inteligentes com nossos recursos, incrementar a prosperidade que atua como fonte do nosso poder, e defender os valores que tanto apreciamos."

"Olhemos para o futuro com confiança e esperança, não só em nosso próprio país, mas também em todos aqueles que têm anseios de liberdade em todo o mundo."

A espectacular anedota fez-me lembrar do Tea Party, do senador Bob Menéndez e da ilustre Ileana Ros, a loba feroz que desafiava as leis para manter sequestrado o garoto cubano Elián González. Ela é hoje nada menos que chefa do Comitê das Relações Exteriores da Casa dos Representantes dos Estados Unidos.

Kadafi não se cansa de repetir que Al-Qaeda faz guerra contra ele e envia combatentes contra o governo da Líbia, porque ele apoiou a guerra antiterrorista de Bush.

Outrora, aquela organização teve excelentes relações com os serviços de inteligência norte-americanos na luta contra os soviéticos no Afeganistão e possui experiência demais sobre os métodos de trabalho da CIA.

O que acontecerá se as denúncias de Kadafi fossem certas? Como Obama explicaria ao povo norte-americano que uma parte dessas armas de combate terrestre caísse nas mãos dos homens de Bin Laden?

Não seria melhor e mais inteligente que tivesse lutado para promover a paz e não a guerra na Líbia?



Fidel Castro Ruz

31 de março de 2011

19h58