terça-feira, 13 de julho de 2010

LUCIANO LEPERA

Estudante, chegando em Ribeirão Preto, conheci aquele que já admirava, na esquina da Única, no início da década de 1970. A política era a razão de ser. Tiraram-lhe a tribuna, mas não a sua capacidade de indignar-se contra todo tipo de injustiça. Foi meu padrinho de casamento em fevereiro de 1.978. Levei-o no meu “fusca” lotado para Altinópolis. Peguei-o na rua São Sebastião, onde residia, na volta não havia lugar para a noiva. Foi o minha primeira nota “fora” no casamento. Não reservar lugar para a noiva, imperdoável. Sem dinheiro, comprei uma Encicopléida Barsa do ex-deputado, na tentativa de colaborar com suas minguadas vendas. Chamou-me a um canto e dispensou a “comissão”. Fazia um discurso em cada esquina porque arrancam-lhe a Tribuna. Foi o primeiro cassado do Brasil. Cassado pela Justiça Eleitoral e depois pelo regime militar. Como Vereador, prestei poucas homenagens: a Wladimir Herzog, nome de rua, a D. Paulo Evaristo, pela luta em defesa dos direitos humanos e a principal delas, a Luciano Lepera, meu ídolo, meu padrinho, meu amigo. Deixou-me exemplo de ética e moral e principalmente fraternidade a todos os povos do mundo.


ANTONIO CALIXTO , advogado e professor (carta publicada no jornal "A cidade", em 15.07.2.010

Um comentário:

  1. Calixto,
    Sua neta é muito linda!
    Entrei no blog para ler seus artigos e encantei-me com a Saskia. E para melhorar, faz aniversário no mesmo dia que eu! Parabéns pela neta. Um beijo para a Sonia.
    Wanda G.Lupino

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