quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O BRASIL QUE EMERGIU DAS URNAS

Política | texto 7334
O Brasil que saiu das urnas e caminha para mais do mesmo


As eleições gerais de 2010 têm vários vencedores, dentre eles o maior de todos que foi Lula, pois não é fácil tirar da cartola uma tecnocrata e transformá-la da noite para o dia em Presidenta da República. Mas nem tudo são flores: será que mais do mesmo vai dar conta das demandas populares e das reivindicações dos movimentos sociais?
A análise apurada dos resultados das eleições de 2010 para presidente desmonta algumas idéias infundadas, mas que circularam pelo país na mesma velocidade com que se apuravam os votos. A expressão territorial do pleito mostra, ao fim e ao cabo, que os aliados da petista funcionaram com mais eficiência que os do tucano José Serra, que preferiu apostar numa campanha solo, azeda e despolitizada.

Nacionalmente o apadrinhamento de Lula à candidatura Dilma abriu portas, consolidou vínculos políticos e fomentou uma frente partidária que balança entre a social-democracia e o fisiologismo mais convicto. A transferência da popularidade é um jogo de alto risco que Lula optou por correr e conseguiu sucesso. A vitória é exclusivamente sua, assim como o seria a derrota. Este foi o verdadeiro cimento da campanha vitoriosa.

Territorialização do voto

Comecemos pelo sul.

O Rio Grande do Sul é um estado de grande porte e governado pelos tucanos. Yeda Crusius era uma aliada fundamental, mas seu governo se enroscou numa série de denúncias de corrupção, virou alvo de fogo amigo e de uma oposição eficiente. Resultado: desgaste político em grande estilo e derrota para o PT de Dilma já no primeiro turno para governador. Para presidente o segundo turno registrou um empate, onde Serra contava com vitória certa e uma margem significativa de votos.

Paraná e Santa Catarina renderam a Serra pouco mais de 1,2 milhões de votos a mais na contabilidade das diferenças entre os dois candidatos no segundo turno.

No sudeste o estado de São Paulo confirmou o favoritismo da tucanagem com a vitória de Geraldo Alckmin no primeiro turno para governador e de Serra no segundo turno em 46% a 54%. Com forte apoio dos grandes jornalões, revistas e TV´s, os problemas da gestão tucana ficaram em segundo plano, como por exemplo segurança e educação pública, apenas para ficar entre os mais gritantes. Mesmo assim, o saldo sobre Dilma foi de 1,8 milhões de votos, pouco se comparado ao potencial eleitoral do estado, o domínio do PSDB e o forte apoio midiático.

Na região o grande buraco ficou mesmo por conta de Minas Gerais. O tucano e aliado de fachada, Aécio Neves, governador popular e também ungido pelos grandes meios de comunicação por ser jovial e branco, propiciou uma folgada vitória de Dilma. Dos 4 pontos cardeais somente no sul do estado Serra alcançou algum êxito, exatamente na porção mais influenciada economicamente por São Paulo. Compute-se 1,8 milhão de votos de diferença a maior para Dilma. Minas Gerais, neste sentido, anulou São Paulo.

O Rio de Janeiro, que já havia dado de ombros para a candidatura Serra no primeiro turno, trazendo para a segunda colocação à verde Marina, confirmou Dilma com 20% de saldo, o que representa 1,7 milhões de votos sobre Serra. O PT venceu na capital e baixada fluminense, e Serra na Serra: Teresópolis, Petrópolis e adjacências.

Os dados mostram que se o sul deu 1,2 milhões de votos a mais para Serra, o sudeste ofereceu 1,6 milhões a mais para Dilma.

No Centro-Oeste Serra vence, mas a diferença é insignificante no total geral.

A região nordeste se destaca com a Bahia, Pernambuco e o Ceará (três governadores reeleitos e apoiadores de Dilma), importantes colégios eleitorais que fizeram juntos um saldo de 7,5 milhões de votos para a candidata, ou seja, 11,5 milhões para Dilma, contra 4 milhões para Serra. Acrescente-se o maranhão dos Sarney com mais de 1,6 milhões de diferença nos votos entre os dois candidatos.

Na região norte, por fim, vale destacar o Pará, que contou com a vitória tucana no segundo turno para governador e um empate entre os candidatos a presidente. O Amazonas rendeu mais 800 mil votos em favor de Dilma contra Serra.

Ganhou corpo nas eleições a idéia de que a vitória da neopetista fundava-se no voto do pobre, do desempenho na região Nordeste, ou na “falta de preparo político” de uma parte do eleitorado, idéias cunhadas no forno da xenofobia e do chauvinismo. Destaque-se que se subtrairmos os votos do Nordeste do cômputo geral, Dilma ainda venceria as eleições e o mesmo aconteceria se o Brasil fosse tão somente a região Sudeste.

Os tucanos devem colocar as barbas de molho e perceber que sua derrota deve-se à habilidade política de Lula à frente do governo, das alianças políticas escabrosas de sua coligação (regadas a muita fisiologia e interesses regionais) e do alcance das políticas compensatórias num país historicamente segregador e antidemocrático.

Mas a derrota também resulta numa combinação de falta de um projeto de governo com preocupações sociais, na ausência de linha de campanha que lhes dessem consistência política (até Lula foi usado pela oposição), nas trapalhadas na escolha do vice e a associação com um partido em franca decadência (DEM). Mesmo assim, sobrou prepotência na gestão da campanha regada a discurso retrógrado e apego ao fundamentalismo religioso e econômico. Por fim, e entendo ainda não menos importante, predominou na campanha Serra (reforçado na propaganda eleitoral no rádio e tv) um ar de superioridade pessoal dado por sua carreira, trabalhos e funções, na sua capacidade técnica de gestão e pela condição inquestionável de que a sua vitória seria algo “natural”, plenamente aceitável, o mesmo não ocorrendo com a oponente.

O voto da Marina

Os quase 20 milhões de votos obtidos pela candidata verde representam um importante capital político para qualquer candidato, mas creio que ele veio com a mesma velocidade com que vai evaporar.

Em primeiro lugar muitos dos que votaram nela o fizeram em função de critérios que tendem a se perder com o tempo, exceção feita à questão ambiental, que tem dado substância ao discurso e à imagem do partido. A sua decisão de neutralidade no segundo turno era a de menor perda política, mas mesmo assim ela existiria. Seu partido, na cúpula, desembarcou em ampla maioria na campanha de Serra e ela terá problemas no futuro na gestão das disputas internas.

Na comparação das votações de primeiro e segundo turno, pode-se observar que os votos verdes se redistribuiriam entre os dois finalistas quase que meio a meio. Parece que se Marina desaparecesse entre os dois turnos, o resultado seria o mesmo. Enfim, na vida política ser protagonista é uma questão essencial, ainda mais quando se tem 20% dos votos, e foi justamente o que ela decidiu não ser. Mas, como já disse anteriormente, foi a opção de menor perda.

PT cada vez mais fisiológico e institucionalizado

Outra observação que se pode fazer do mapa eleitoral é a forte tendência de transformação do PT num partido acostumado e acomodado à institucionalidade.

O recuo de sua evidência política em estados importantes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo, aponta para uma dependência cada vez maior das alianças estaduais com partidos fisiológicos e da manutenção do poder central para fazer política nacional. O PT abdica de eventuais vitórias locais e regionais e nome de um projeto nacional, correto se a base da ação estivesse calcada em princípios e não na falta deles. O maior problema é a reconstrução depois da perda do planalto, ou alguém acredita que isto nunca vai acontecer?

No Rio de Janeiro, desde a anulação da Convenção do partido em fins dos anos 90 derrubando o militante histórico Vladimir Palmeira para apoiar Garotinho, o partido vem amargando derrotas consecutivas, chegando ao ponto de nem lançar candidato a governador.

Em São Paulo o grão-reinado tucano emplacou mais uma para governador, venceu para presidente no estado e os principais quadros do partido ficaram chamuscados com os casos mensalão e aloprados.

Em Minas Gerais o PT já havia se aliado a Aécio na eleição para prefeito, criou rusgas internas profundas e teve que carregar Helio Costa para governador.

No Maranhão o PT já cometeu as maiores barbaridades possíveis contra a sua instância estadual e seus militantes, canalizada numa greve de fome de seu deputado federal no interior do plenário da Câmara Federal, contra a as alianças com a família Sarney.

O próprio quadro eleitoral nacional expõe uma votação fortemente vinculada à posse da máquina de governo, dependente de ações sociais públicas e das fartas e rechonchudas contribuições às campanhas eleitorais de seus candidatos. Já vem de longe a percepção de que as campanhas eleitorais do PT estão entre as mais abastadas e sofisticadas.

O abandono gradual da condição de um partido de base, programático, ideológico e militante, que sempre o caracterizaram, o coloca em pé de igualdade aos demais. Dilma é, acima de tudo, uma escolha pessoal de Lula.

A grande sorte de Dilma é que, além do padrinho político, os ataques contra sua pessoa sustentados pela visão de “superioridade inata aos tucanos” e pelo desespero em conquistar pontos nas pesquisas eleitorais, colocaram em seu colo artistas, intelectuais, acadêmicos, estudantes, trabalhadores em geral que estavam desanimados com a forma como a campanha decorria, mas não concordavam com a apelação conservadora em relação ao aborto, união civil homossexual, devoção religiosa, dentre outros.

Na reta final a união tática contra o conservadorismo aglutinou pontos importantes, em especial nos centros urbanos mais densos e politizados e mais inclinados ao tucanato até então.

Alguns dos problemas do governo Dilma

A fome já se abate sobre quase 50 milhões de norte-americanos, gregos e franceses estão em luta contra as medidas de ajuste fiscal promovidas pelos seus países, pipocam movimentos fascistas que enxergam nos imigrantes as causas de seus problemas (o Arizona como exemplo), a articulação do Tea Party, os partidos e líderes populistas e xenófobos na Bélgica, Holanda, dentre outros, enfim, o fantasma do fascismo ronda nossas casas.

Uma conjuntura internacional bastante desfavorável parece ser um cenário provável, uma vez que os sinais de forte crise estacionada nos EUA, Japão e Europa Ocidental não parece arrefecer. Na medida em que parcela considerável do PIB mundial ai se concentra e boa parte dos insumos e créditos que aqui desembarcam tem origem nesta parcela do globo, os efeitos serão sentidos, fica a dúvida da intensidade.

De concreto observamos que o estado nos países ricos deu grande ajuda ao capital na sua recuperação especialmente a partir da crise de 2008, seja através de empréstimos generosos ao grande capital industrial, seja nas facilidades de circulação e alta rentabilidade ao capital financeiro, ainda muito pouco regulamentado. De outro lado, trabalhadores pagam a conta com anos de trabalho a mais para aposentar e salários a menos na rotina diária. Se alguém achava que a mais-valia absoluta havia chegado ao seu limite, o capital achou jeito de ampliá-la sem dó nem piedade.

No plano nacional os problemas não serão menores.

Formada em meio aos tecnocratas (competente, firme, focada nas metas, dentre outras fantasias empresariais, como se gerir o poder público fosse equivalente ao privado), ela não poderá contar com o padrinho ao seu lado no cotidiano da gestão. Evidente que ele será seu grande oráculo, mas isso não evita deslizes e desgastes que serão aproveitados as mancheias pelos grandes meios de comunicação.

Os vídeos que circularam na internet durante a campanha mostram uma Dilma vacilante, desprovida do dom da oratória e incapaz de responder a contento por assuntos que fogem aos dados da gestão e dos programas do governo.

Este, aliás, é um dos principais saldos políticos dos setores mais conservadores da sociedade: a articulação dos grandes meios de comunicação diante de uma pauta permanentemente golpista e basicamente separatista. Aqui, apesar de mais instruída que Lula (coisa que agrada demais segmentos médios e altos da sociedade) ela não tem o carisma e a capacidade de comunicação com as massas que seu antecessor possui.

Outra questão importante, e que terá um peso significativo nas disputas políticas nacionais e do governo Dilma, é o recuo da votação da chapa petista nos principais colégios eleitorais do país ao longo da primeira década do século XXI.

Em 2002 Lula venceu Serra em 26 estados e mais o distrito federal, Serra, por sua vez, venceu apenas no estado de Alagoas. Foram 52,7 milhões de votos para Lula (61,2%) e 33,3 milhões para Serra (38,7%). Após a apresentação de carta compromisso, que buscava acalmar os mercados financeiros e defender a permanência dos contratos, a famosa “Carta aos Brasileiros” produziu seus efeitos em parte da sociedade que ainda temia um eventual governo do PT. A vitória foi acachapante não apenas em termos numéricos, mas também pela abrangência nacional.

Eleição Brasil 2002, distribuição da votação por estados



Fonte G1


Em 2006 a coisa mudou. Lula venceu Geraldo Alckmin com um percentual pouco menor que na eleição anterior: 58,2 milhões para Lula (60,8%) contra 37,5 milhões para Alckmin (39,1%), embora o candidato tucano fosse muito mais desconhecido nacionalmente que seu correligionário e tivesse atravessado o deserto para conseguir a indicação do partido.

Por outro lado, nesta eleição ainda, o governo havia sido intensamente bombardeado pela grande imprensa com o escândalo do mensalão e, ao mesmo tempo, havia dado uma forte incrementada nas políticas compensatórias, em especial ampliando o bolsa-família e investindo no desenvolvimento econômico com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Os efeitos dos últimos combateram em parte as conseqüências do primeiro.

Eleição Brasil 2006, distribuição da votação por estados



Fonte G1


Repare que numa batida de olhos já se percebe o recuo em relação às duas votações além da concentração dos votos em estados do nordeste e norte brasileiros.

Nas eleições de 2010 o crescimento territorial do tucanato se ampliou, mesmo que levemente. Foram 55,7 milhões de votos para Dilma (ou 56,0%) e 43,7 milhões para Serra (43,9%). A distribuição territorial dos votos aponta para um cenário de dificuldades no diálogo do governo Dilma com parcelas consideráveis das populações das grandes cidades e regiões metropolitanas do sul e sudeste principalmente.

Eleição Brasil 2010, distribuição da votação por estados



Fonte G1


Além disso, não podemos esquecer que o PMDB ocupa a vice-presidência da República, com o paulista Michel Temer, partido que carrega a prática do fisiologismo e o princípio da adesão como ninguém. Com uma mandatária mais fragilizada à frente do cargo, a força de negociação do partido e seus caciques se ampliam. O insaciável apetite por cargos e verbas do PMDB se completa com a presença dos demais aliados da frente pró-Dilma. Haja fôlego diante de tamanha voracidade.

Quanto mais alto tocarem as trombetas do fisiologismo, menores serão as chances de realização de reformas de base, como a política-eleitoral, a agrária, o combate à pobreza, dentre outras. Em outras palavras, quanto mais oligarquia menos república e democracia, mesmo que à moda liberal.

Algumas facilidades do governo Dilma

Se as dificuldades se somam, algumas facilidades se apresentam.

Apesar do crescimento na votação nos centros urbanos e metrópoles (voto mais definido ideologicamente) o PSDB perde e perde feio nestas eleições. Serra foi derrotado por uma pessoa que tem como principal qualidade a qualidade do outro. O PSDB ainda não sai unificado da disputa, pois se desqualificou diante parte de seu eleitorado mais fiel, especialmente quando navegou pelas águas do obscurantismo para angariar votos diante de um eleitorado menos politizado, exorcizando sua oponente.

Além disso, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves fez seu sucessor e se elegeu senador. Aproxima-se uma disputa de grande monta no ninho tucano, ou a dança partidária. No primeiro caso o saldo será de difícil digestão, no segundo, com menor atrito, mas com perda de representatividade. A divisão da oposição sempre é uma boa notícia para a situação. A conquista de aliados oriundos dela é motivo de festejo.

O apoio de Lula também é uma garantia de segurança política que falta à presidenta. Sua ajuda, em especial nos primeiros meses, será de vital importância, seja na constituição do ministério, nas alianças políticas estabelecidas, na relação com o parlamento, enfim, seu conhecimento da matéria evitará desgastes naturais nestas situações.

A lógica estabelecida do continuísmo da gestão também joga a favor de Dilma. Mudanças apenas superficiais na composição do novo governo, baseada em acomodações dos novos parceiros e outros pequenos ajustes, darão a tônica do processo, uma vez que o seu plano de governo é a exata continuidade do anterior.

A relação com o parlamento se constituirá num jogo de maiores facilidades para o governo Dilma, mas nem tanto. O aumento da bancada de sustentação na Câmara dos Deputados e a conquista da maioria no Senado Federal (órgão de oposição ferrenha ao governo Lula), darão uma folga inicial necessária a criação da governabilidade. Observe-se, no entanto, que a maior fragilidade política de Dilma lhe confere uma margem de manobra mais estreita nas negociações. Ao mesmo tempo a sede por abocanhar parte do governo, do orçamento e dos cargos será maior neste terceiro mandato do que foi nos dois anteriores.

A política econômica intocável e o reforço ao assistencialismo

Neste campo creio, emergem os maiores entraves do governo que se iniciará em 2011. A política econômica de contenção da atividade produtiva e de estímulo aos especuladores, ao que tudo indica, permanecerá intocada. Juros altos (dinheiro caro), câmbio flutuante e superávit primário elevado representam a trinca sacrossanta que nos credencia a participar do jogo global dos capitais fictícios, é a chancela do mercado à nossa participação no cassino. Os banqueiros confiam nos atuais gestores do Banco Central e seu entusiasmo com o governo pode ser medido pelos estratosféricos lucros obtidos e superados a cada semestre.

Não nos parece que os exemplos que emergiram da crise de 2008 nos países centrais deva ser seguido. Manter os privilégios dos especuladores tem provocado, na outra ponta da linha, redução de direitos sociais e desemprego. Ao beber desta fonte já se sabe dos efeitos colaterais.

Na outra ponta, o social será brindado com a continuidade e provável aprofundamento, do programa Bolsa-Família.

Aos que reclamam do assistencialismo do Bolsa-Família, digo que ele serve exatamente de argumento à necessidade de se realizar uma verdadeira reforma social no Brasil, com vistas a ampliar a proteção aos menos favorecidos, superando-o em seus fundamentos . Se a timidez deste programa já produziu efeitos sociais em cascata na sociedade, sem enfrentar a estrutura de concentração de renda e patrimônio que assolam historicamente o povo brasileiro, o que dirá a aplicação de programas de maior profundidade e abrangência. Este seria sim o verdadeiro escudo contra a crise internacional que se avizinha.

Mas estamos diante de escolhas: ou o grande capital, voraz por juros e desejoso de liquidez, ou a aposta no fortalecimento do mercado interno. Ou Davos ou Fórum Social Mundial, os dois não.

Enfim, no geral podemos esperar mais do mesmo na melhor das hipóteses, na pior, um recuo em algumas ações do governo Lula que apontavam em posições interessantes, em especial na política externa.

Num governo mais fraco que o anterior e menos enraizado nos movimentos sociais, a pressão política será mais intensa e a gestão mais tensa. Prepare-se, pois a mesmice, neste caso, promete grandes emoções.

Ricardo Alvarez


Geógrafo, é professor e editor do site Controvérsia


www.controversia.com.br |blog.controversia.com.br

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