terça-feira, 10 de agosto de 2010

NAQUELA ESCADA

Naquela universidade
Que me trazia dor e nenhuma saudade
Encontro em cada noite àquela escada
Ficava no canto todo tímido
Vendo você passar

Quando te vi a primeira vez
Foi de passagem
Num sala de visita
Meu coração ficou indelevelmente preso
Aquela criatura
De vestido de quadriculado
Parecia uma aluna de colégio de freiras
Sandálias brancas
Um sorriso tímido que transparecia o
Espírito límpido e que me habitou para sempre
Naquela escada, a timidez e a espera para brevidade de te ver
Alguns minutos apenas de passagem.
Uma passagem que durou para sempre
Acompanhou a minha vida
Impregnou os meus sentidos
Libertou-me das minhas prisões
Atravessei montanhas
Sofri a decepções do mundo
De amores que não eram amores
Na travessia e pontes que lancei
Caminho com ao seu lado para sempre
Impregnado por um tempo distante e presente
De todas as pelejas, o sentido da vida



antoniocalixto@aasp.org.br- Rib. Preto, 10/08/10

Um comentário: