segunda-feira, 20 de setembro de 2010

QUE FALTA VOCÊ FAZ ?

Não sei quem inventou a
Saudade
Não sei se ela existe
Tenho um amigo
Voz pausada e lenta
Jamais o ouvi discutir
Repudiar alguém
Respirava política
Seu ar, sua vida
Ocupou alguns cargos
Voltando sempre ao aconchego do lar
Suas mulheres, sempre princesas
Seus filhos, seres iluminados e maravilhosos, regados com amor
Sua maior lição: amar sempre
Ensinou-me o sentido da palavra compreens
Vivíamos perto
Apresentei sua companheira
Alegre e cheia de vida
O encontro do acaso
Que virou permanente gerou uma vida de alegria.
Os momentos difíceis, dignificou-os. Olhando sempre em frente.
Não sei se existia em seu peito a palavra mágoa. Sabia compreender a injustiça, mais do que a espécie cultivava o gênero humano.
Cada palavra, sem pretender ser mestre
Uma lição de solidariedade e compreensão
Em qualquer campo que participasse
Fazia a diferença pela delicadeza e visão global do mundo.
Ensinou-me ver o ser humano, não como espécie, como gênero.
Não existem espécies, individualmente tem os mesmos problemas, as mesmas dúvidas, os mesmos atos que vai do egoísmo ao amor.
É o gênero que vale.
Quando não se reúne em massa para destruir pela boca, pela arma, pela arrogância.
Um horror.
Não perder a paciência com pessoas.
Conviver com as diferenças.
E nesse aprendizado permanente aprendi sua lição maior
Amor é fórmula de educar
Resolver questões A alegria de viver
A prosa deliciosa
O otimismo fazia com que a vida valesse a pena. Risos permanentes de uma felicidade, que a gente nem sabia que estava vivendo
Uma pena, que algumas coisas a gente percebesse quase na sua partida.
As rodas jamais foram as mesmas.
Falta aquele vozeirão que apagava todas as outras.
O cantor alegre, que fazia de uma pequena mesa, uma festa incomparável. Riso, canto e alegria. Não tinha idade.
Respirava em cadda gesto o gosto da eternidade.
Existe para sempre.
Depois dele, não ri como antes.
Sempre uma sombra de tristeza em cada olhar.
E passei a conhecer o sentido da palavra
Saudade.
Ainda bem que deixou presentes preciosos, que enfeitam as vidas e próximos de nós. Está presente.

(Dedico os rabiscos acima a Newton Mendes Garcia, meu afilhado)Rib. Preto, 17.09.10 antoniocalixto@aasp.org.br

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